A 3ª edição da TRANSBORDA traz a Almada espetáculos, oficinas, performances e conversas entre 29 de abril e 14 de maio de 2023. A mostra reúne artistas que experimentam formas de inventar mundos no encontro poroso com o outro. Em escutas sensíveis do corpo, estes criadores transformam com as suas danças hábitos perceptivos, intensificam vitalidades, friccionam limites e transbordam na prática da alteridade.
A TRANSBORDA 2023 tem início no dia 29 de abril (Dia Mundial da Dança) com Ai, Ai, Ai, trabalho inaugural da vasta obra de Marcelo Evelin, uma viagem poética às raízes afetivas de um coreógrafo brasileiro há muito tempo longe de seu país. A peça recebeu o Prêmio de Prata das Artes na Holanda quando estreou, em 1995. Em 2021, Evelin reencena aos sessenta anos este solo fundador e confronta seu passado mais uma vez. Na semana seguinte, apresenta Batucada realizada com 40 performers, uma espécie de desfile apoteótico e revolucionário, onde corpos subversivos e mascarados batucam panelas, frigideiras e latas num ritual que desmancha fronteiras entre espectador e artista.
A mostra traz também a Portugal o mais recente trabalho da artista brasileira radicada na França Vania Vaneau, Nébula aborda o corpo humano em relação à natureza como o encontro de campos de forças em um contexto pós-apocalíptico, é uma travessia para o desconhecido, um momento de eclipse para vislumbrar outros mundos possíveis.
Vera Mantero apresenta seu trabalho pela primeira vez na Sala Principal do TMJB. Traz a Almada
O Susto é um Mundo, uma peça que nos coloca perante o inconsciente, uma quase entrada no mundo dos sonhos, através de uma linguagem simbólica e simultaneamente quotidiana, ensaiando uma reconexão com a natureza e um combate a todos os sustos do mundo.
Threshold de Mariana Tengner Barros convida ao limiar, entre o visível e o invisível. Ao explorar o enigma do Cromeleque de Almendres inventa uma coreografia de emoções em constante mutação, onde os corpos dos intérpretes revelam mistérios há muito adormecidos.
Francisco Thiago Cavalcanti e Francisca Pinto estreiam Quando eu morrer me enterrem na floresta, onde ficcionam uma natureza primitiva, furiosa, implacável e encantada. Este foi um dos quatro trabalhos selecionados para o “Apoio a Criação 2022” da Casa da Dança de Almada e do Fórum Dança de Lisboa. Cavalcanti apresenta ainda a sua primeira peça de grupo, Também se matam cavalos, onde questiona a utilidade da arte, um exercício de liberdade como uma manada de cavalos a correr no campo.
A TRANSBORDA tem um formato voltado à investigação, à partilha e à qualificação artística. Batucada será realizada em um trabalho intensivo durante uma semana de laboratórios conduzidos por Marcelo Evelin com 40 performers de diversas nacionalidades que vivem em Portugal. Vania Vaneau partilhará suas práticas e investigações no laboratório imersivo Rituais de Cura. E ainda o crítico Ruy Filho mediará conversas com artistas e realizará uma reportagem crítica na revista de artes Antro Positivo.
A 3ª edição da TRANSBORDA é coorganizada pela Casa da Dança e Núcleo de Artes Performativas de Almada e conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada.
EQUIPA_
__ Direção Artística
Adriana Grechi
Amaury Cacciacarro
__ Direção de Produção e Produção Executiva
Produção d'Fusão | Patrícia Soares e Filipe Metelo
__ Produção Batucada
Andrei Bessa
__ Coordenação Técnica
João Chicó
Sandro Esperança
__ Colaboração Técnica
Zé Rui
__ Comunicação e Web Development
Pat Cividanes
__ Fotografia
Pedro Ivo Carvalho
__ Assessoria de Imprensa
Mafalda Simões
__ Produção
Núcleo de Artes Performativas de Almada e Casa da Dança
__ Financiada por
Câmara Municipal de Almada